30 maio 2025

Cigarro Eletrônico "VAPE", causando dependência aos nossos Jovens

Os cigarros eletrônicos causam dependência química, principalmente devido à presença de nicotina na maioria dos e-líquidos. A nicotina é uma substância altamente viciante que atua no sistema nervoso central, liberando dopamina e criando uma sensação de prazer que leva à busca repetida pela substância.

Ciclo de Reforço: O uso regular leva à tolerância (necessidade de doses maiores para obter o mesmoefeito) e à síndrome de abstinência (sintomas desagradáveis como irritabilidade, ansiedade, dificuldade de concentração) quando o uso é interrompido, perpetuando o ciclo da dependência.

Aromatizantes e Marketing: Os sabores atraentes dos e-líquidos e o marketing direcionado, muitas vezes com foco no público jovem, podem facilitar o início do uso e a instalação da dependência.

Os cigarros eletrônicos definitivamente causam dependência psicológica, e essa é uma parte importante da discussão sobre seus riscos. Embora a dependência física esteja primariamente ligada à nicotina, a dependência psicológica envolve fatores comportamentais, emocionais e sociais.

Como os cigarros eletrônicos contribuem para a dependência psicológica:

Associação a rituais e hábitos: O ato de pegar o dispositivo, levá-lo à boca, inalar e exalar se torna um hábito, muitas vezes associado a momentos específicos do dia, como após as refeições, durante pausas no trabalho ou em situações sociais. Essa repetição cria uma forte ligação mental com o ato de "vapar".

Alívio de sintomas: Muitas pessoas relatam usar cigarros eletrônicos para aliviar o estresse, a ansiedade ou o tédio. Essa associação do ato de "vapar" com o alívio de emoções negativas cria uma dependência psicológica, onde o indivíduo sente necessidade de usar o dispositivo para lidar com essas sensações.

Fatores sociais e de identidade: Para alguns jovens, o uso de cigarros eletrônicos pode estar ligado à aceitação social, à sensação de pertencimento a um grupo ou à construção de uma determinada imagem ou identidade. Essa pressão social e a identificação com o ato de "vapar" contribuem para a dependência psicológica.

Gatilhos sensoriais: Os sabores dos e-líquidos, o "vapor" produzido e a sensação na garganta podem se tornar gatilhos psicológicos, levando ao desejo de usar o cigarro eletrônico mesmo quando não há uma necessidade física imediata de nicotina.

Condicionamento: Ao longo do tempo, o cérebro associa certos lugares, pessoas ou situações ao ato de "vapar". Esses estímulos podem desencadear um forte desejo psicológico de usar o cigarro eletrônico.

Mesmo que alguém utilize um e-líquido com baixa concentração de nicotina ou sem nicotina, a dependência psicológica ainda pode ser um obstáculo significativo para parar de usar o cigarro eletrônico. Os hábitos, as associações emocionais e sociais podem ser difíceis de quebrar.

 

Existem Cigarros eletrônicos onde a Nicotina é substituída por THC (Principal componente PSICOATIVO da Maconha).

Esses dispositivos funcionam de maneira semelhante aos vapes de nicotina: um líquido contendo THC (muitas vezes chamado de "óleo de THC" ou "destilado de THC") é aquecido por uma bateria, produzindo um aerossol que é inalado pelo usuário.

 

Pontos importantes sobre o uso de THC em cigarros eletrônicos:

Legalidade: No Brasil o uso de Cigarros Eletrônicos com THC é ilegal igualmente á Maconha, bem como a comercialização e o uso por recreação.

Formas: O THC para vaping pode vir em diversas formas, incluindo óleos, destilados, ceras e outros concentrados.

Riscos à Saúde: Assim como os vapes de nicotina, os vapes de THC também apresentam riscos à saúde. Além dos potenciais danos pulmonares associados ao vaping em geral (como a EVALI, que em muitos casos foi ligada a aditivos em produtos de THC ilegais), o uso de THC pode ter efeitos psicoativos, prejudicar o desenvolvimento cerebral em jovens, afetar a saúde mental e levar à dependência.

Aparência: Os dispositivos para vaping de THC podem ser muito semelhantes aos vapes de nicotina, o que pode dificultar a identificação do que está sendo consumido.

É importante estar ciente de que o uso de THC em cigarros eletrônicos é uma questão complexa com implicações legais e de saúde significativas.

Onde Buscar Ajuda:

Clínicas de Tratamento de Dependência Química em Geral: Embora possa não haver clínicas especificamente focadas em "dependência de vape", as clínicas que tratam dependência química (incluindo a dependência de nicotina) são o local mais provável para encontrar ajuda. A dependência de nicotina, seja ela proveniente de cigarros tradicionais ou eletrônicos, é uma condição reconhecida e tratada nessas clínicas.

Centros de Atenção Psicossocial (CAPS): Os CAPS, especialmente os CAPS AD (Álcool e Drogas), oferecem tratamento multidisciplinar para pessoas com transtornos relacionados ao uso de substâncias, incluindo a dependência de nicotina. Eles podem oferecer acompanhamento psicológico, psiquiátrico e social.

Serviços de Saúde Pública: Unidades básicas de saúde e outros serviços da rede pública podem oferecer avaliação inicial e encaminhamento para serviços especializados em dependência química.

Grupos de Apoio: Grupos como os Narcóticos Anônimos (NA) ou outros grupos de apoio para dependência podem ser úteis, mesmo que o foco principal não seja o vape, pois abordam os aspectos comportamentais e emocionais da dependência.

Profissionais de Saúde Individuais: Psicólogos e psiquiatras com experiência em dependência podem oferecer tratamento individualizado para a dependência de nicotina e os fatores psicológicos associados ao uso de vape.

Considerações Importantes:

Foco na Nicotina: A dependência primária no caso do vape geralmente é da nicotina. Portanto, o tratamento será semelhante ao da dependência de cigarro tradicional, com abordagens como terapia cognitivo-comportamental, aconselhamento motivacional e, em alguns casos, terapia de reposição de nicotina (embora a TRN para quem usa vape precise ser adaptada).

Aspectos Comportamentais e Psicológicos: O tratamento também precisará abordar os aspectos comportamentais e psicológicos específicos do uso de vape, como os rituais, os gatilhos e as associações sociais.

Substâncias Adicionais: É importante lembrar que alguns usuários de vape consomem e-líquidos contendo outras substâncias além da nicotina (como THC ou outras drogas sintéticas), o que exigiria uma abordagem de tratamento mais abrangente.

Conscientização Crescente: À medida que o uso de vape se torna mais prevalente e seus riscos são mais reconhecidos, é possível que no futuro surjam clínicas ou programas mais especificamente voltados para a dependência desses dispositivos. No entanto, no momento, o tratamento é geralmente integrado aos serviços existentes para dependência química e de nicotina.

Recomendação:

Se você ou alguém que você conhece precisa de ajuda para lidar com a dependência de vape, o primeiro passo é procurar um profissional de saúde (médico, psicólogo) ou um serviço especializado em dependência química. Eles poderão fazer uma avaliação completa e indicar o tratamento mais adequado.

 

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A relação entre Cigarros Eletrônicos "VAPE" e nossos Jovens

Cigarro Eletrônico “VAPE”, você precisa se informar

 

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A relação entre Cigarros Eletrônicos e nossos Jovens

 Há uma grande preocupação com o crescente uso de cigarros eletrônicos entre o público jovem, entre elas se destacam:

Atração por Sabores: Os diversos sabores doces e frutados dos e-líquidos tornam os cigarros eletrônicos atraentes para adolescentes e jovens, mascarando o sabor desagradável da nicotina.

Marketing Enganoso: A indústria muitas vezes promove os cigarros eletrônicos como alternativas "seguras" ou "descoladas", o que pode minimizar a percepção de risco entre os jovens.

Facilidade de Acesso: Apesar das regulamentações em alguns locais, os jovens muitas vezes conseguem acessar os dispositivos e os e-líquidos.

Influência Social: O uso por amigos e a normalização do vaping nas redes sociais também contribuem para o aumento do consumo entre os jovens.

Porta de Entrada: Há evidências de que o uso de cigarros eletrônicos pode ser uma porta de entrada para o consumo de cigarros tradicionais e outras drogas.

A Névoa da Desinformação

O Perigo Oculto nos Cigarros Eletrônicos e o Impacto na Juventude

A chegada relativamente recente dos cigarros eletrônicos ao mercado abriu uma brecha perigosa: a da desinformação. Vendidos inicialmente sob a promessa de serem alternativas "mais seguras" ao cigarro tradicional, os vapes e dispositivos similares se infiltraram na cultura, especialmente entre os jovens, muitas vezes envoltos em uma névoa de falsa segurança e minimização de riscos. Essa falta de informação clara e baseada em evidências tem contribuído significativamente para o crescente uso desses dispositivos por uma geração que, ironicamente, deveria estar mais consciente dos perigos do tabagismo.

A verdade é que, longe de serem inofensivos, os cigarros eletrônicos carregam consigo uma série de ameaças à saúde, algumas já bem documentadas e outras ainda sob investigação devido à sua novidade no mercado. A ausência da combustão, não elimina a exposição a substâncias perigosas. Os e-líquidos, com seus inúmeros sabores atraentes, contêm nicotina em concentrações variáveis – muitas vezes tão altas ou até superiores às dos cigarros convencionais –, uma substância altamente viciante que interfere no desenvolvimento cerebral dos jovens, prejudica a cognição e pavimenta o caminho para a dependência de outras drogas.

Além da nicotina, o aerossol gerado pelos vapes é uma complexa mistura de partículas ultrafinas, metais pesados como níquel e chumbo, substâncias cancerígenas como formaldeído e acroleína, além de aromatizantes químicos, alguns dos quais já foram associados a graves doenças pulmonares. A síndrome EVALI (Lesão Pulmonar Associada ao Uso de Produtos de Cigarro Eletrônico ou Vaping) é um exemplo trágico e concreto dos danos agudos que esses dispositivos podem causar, levando jovens saudáveis a hospitalizações e, em alguns casos, à morte.

A desinformação se propaga de diversas formas. O marketing agressivo, muitas vezes direcionado ao público jovem através de influenciadores e plataformas online, pinta um cenário de modernidade, estilo e segurança inexistente. A variedade de sabores doces e frutados mascara o perigo real da nicotina e torna o produto palatável para adolescentes que jamais cogitariam fumar um cigarro tradicional com seu sabor amargo característico. A falsa ideia de que "é só vapor de água" ou que "não faz tanto mal quanto cigarro" se enraíza, obscurecendo os riscos já conhecidos e os potenciais efeitos a longo prazo que ainda estão sendo descobertos.

É crucial desmistificar essa perigosa narrativa. Os jovens precisam ter acesso a informações claras, precisas e baseadas em ciência sobre os reais malefícios dos cigarros eletrônicos. É responsabilidade dos pais, educadores, profissionais de saúde e da sociedade como um todo combater a desinformação e alertar sobre os riscos inerentes a esses dispositivos. Ignorar o perigo sob o véu da novidade é colocar em risco a saúde e o futuro de uma geração inteira, trocando a fumaça tóxica de ontem pela névoa enganosa de hoje. A verdade precisa prevalecer: cigarro eletrônico faz mal e seu uso crescente entre os jovens é um sinal de alerta que não podemos ignorar.

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Cigarros Eletrônicos “VAPE”, você precisa se informar!

Cigarros eletrônico “VAPE” causando dependência aos nossos jovens

 

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Cigarros Eletrônicos "VAPE"

Os cigarros eletrônicos são dispositivos que aquecem um líquido (e-líquido ou juice) para produzir um aerossol (muitas vezes erroneamente chamado de "vapor") que é inalado pelo usuário.

Também são conhecidos como vapes, e-cigs, e-cigarettes, dispositivos eletrônicos para fumar – DEF.

Há uma grande variedade de formatos e tamanhos, desde dispositivos que se assemelham a cigarros tradicionais (cig-a-likes) até modelos maiores com tanques recarregáveis e voltagem ajustável (mods). Dispositivos descartáveis também são populares.

Seus componentes geralmente, consistem em uma bateria, um atomizador (elemento de aquecimento) e um cartucho ou tanque que contém o e-líquido.

E-líquidos são líquidos que podem conter nicotina em diferentes concentrações, além de aromatizantes, propilenoglicol, glicerina vegetal e outras substâncias químicas. Existem também e-líquidos sem nicotina.

Como são usados?

Preparação: O dispositivo é ligado e, se necessário, o tanque ou cartucho é preenchido com o e-líquido.

Aquecimento: Ao ser acionado (geralmente por um botão ou pela sucção), a bateria alimenta o atomizador, que aquece o e-líquido.

Produção do Aerossol: O aquecimento vaporiza o líquido, criando um aerossol fino que contém as substâncias presentes no e-líquido.

Inalação: O usuário inala esse aerossol pela piteira do dispositivo, de forma semelhante a fumar um cigarro tradicional.

Prejuízos à Saúde:

Apesar de serem frequentemente comercializados como alternativas mais seguras ao cigarro tradicional, os cigarros eletrônicos apresentam diversos riscos à saúde:

Nicotina: A maioria dos e-líquidos contém nicotina, uma substância altamente viciante que afeta o desenvolvimento cerebral em adolescentes e jovens adultos, prejudica a memória e a concentração, e aumenta o risco de dependência de outras drogas. A nicotina também é prejudicial para o sistema cardiovascular.

Substâncias Tóxicas: O aerossol dos cigarros eletrônicos contém diversas substâncias tóxicas e potencialmente cancerígenas, incluindo metais pesados (níquel, chumbo, cromo), formaldeído, acroleína e outras partículas ultrafinas que podem se depositar profundamente nos pulmões.

Lesão Pulmonar Associada ao Uso de Produtos de Cigarro Eletrônico ou Vaping (EVALI): Uma grave condição pulmonar foi associada ao uso de cigarros eletrônicos, causando sintomas como falta de ar, tosse, dor no peito e, em alguns casos, levando à hospitalização e até à morte. Embora a vitamina E acetato (presente em alguns e-líquidos ilegais de THC) tenha sido identificada como um fator importante em muitos casos de EVALI, outras substâncias nos e-líquidos também podem causar danos pulmonares.

Irritação das Vias Aéreas: O uso de cigarros eletrônicos pode causar irritação na garganta, boca e vias aéreas, além de tosse e chiado no peito.

Efeitos a Longo Prazo Desconhecidos: Como os cigarros eletrônicos são relativamente novos, os efeitos a longo prazo do seu uso ainda não são totalmente conhecidos. No entanto, as evidências atuais já demonstram riscos significativos.

Risco de Queimaduras e Lesões: Problemas com a bateria dos dispositivos podem causar superaquecimento, explosões e incêndios, resultando em queimaduras e outros ferimentos.

Informações importantes:

Desde o ano de 2009 é proibida a venda no Brasil, mas o acesso ilegal é fácil.

Principais pontos da regulamentação da Anvisa:

Proibição de Comercialização: É ilegal vender cigarros eletrônicos e seus acessórios (como e-líquidos) em todo o território nacional. Isso inclui lojas físicas e online.

Proibição de Importação: A importação de cigarros eletrônicos para fins comerciais também é proibida.

Proibição de Propaganda: Qualquer forma de publicidade ou promoção desses produtos é ilegal.

Uso Individual Não Proibido (com ressalvas): Embora a comercialização e importação sejam proibidas, o uso individual não é explicitamente proibido por lei federal. No entanto, a Anvisa desaconselha fortemente o uso devido aos riscos à saúde. Além disso, a posse ou uso pode ser restrito em certos locais, como ambientes fechados públicos, por legislações estaduais ou municipais.

Fiscalização: A fiscalização do cumprimento dessa regulamentação é realizada pela própria Anvisa em conjunto com outros órgãos de vigilância sanitária e autoridades policiais.

Discussões e Possível Revisão:

Apesar da proibição, o mercado ilegal de cigarros eletrônicos é significativo no Brasil, e o consumo, especialmente entre jovens, tem aumentado. Diante dessa realidade e de novas evidências científicas que surgiram ao longo dos anos, a Anvisa tem realizado discussões sobre a possibilidade de revisar a regulamentação.

Em abril de 2024, a Anvisa realizou uma audiência pública para debater a regulamentação dos dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs). O objetivo foi colher informações e opiniões de especialistas, da sociedade civil e da indústria para subsidiar uma possível nova decisão regulatória.

Atualmente (maio de 2025), a proibição de comercialização, importação e propaganda de cigarros eletrônicos ainda está em vigor no Brasil. Qualquer mudança nessa regulamentação dependerá das análises da Anvisa após as discussões e da publicação de uma nova resolução.

Uso de Cigarros Eletrônicos no Brasil (2024)

Prevalência entre adultos: Em 2024, 2,6% da população adulta brasileira (aproximadamente 4 milhões de pessoas) utilizavam cigarros eletrônicos, o maior índice desde 2019. InfoMoney - O GLOBO

Crescimento anual: Houve um aumento de 24% no consumo entre 2023 e 2024, interrompendo uma tendência de queda observada nos anos anteriores. Jornal de Brasília - InfoMoney

Perfil dos usuários: O consumo é mais elevado entre os jovens, especialmente aqueles com idade entre 18 e 24 anos. Correio do Povo

Gênero: Embora o uso entre homens tenha apresentado uma leve redução, o consumo entre mulheres está em ascensão. sbpt.org.br - Correio do Povo - Serviços e Informações do Brasil

Crescimento a longo prazo: Entre 2018 e 2023, o número de usuários de cigarros eletrônicos aumentou 600%, passando de 500 mil para 2,9 milhões de pessoas. O Liberal - Poder360 - Metrópoles

Regiões com maior incidência: Os estados do Paraná, Mato Grosso do Sul e o Distrito Federal apresentam as maiores taxas de uso, com 4,5%, 4% e 3,7% da população adulta, respectivamente. Poder360 - Agência Brasil

 

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A relação entre Cigarros Eletrônicos "VAPE" e nossos Jovens

Cigarros Eletrônicos “VAPE”, causando DEPENDÊNCIA em nossos Jovens


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Crack - "Verdades e Mitos"

Sabemos que o “crack” é uma droga com um alto poder viciante, porém existem tabus sobre essa droga, e a falta de informação e curiosidade influenciam na decisão de muitos em experimentar essa droga, muitas vezes sem saber aonde ela irá chegar após o primeiro uso dessa substância.

Também muitos familiares de dependentes por desinformação não sabem como lidar com um usuário de crack dentro de casa e muito menos a auxiliar em momentos de tomar algumas decisões para ajudar o usuário a entrar em um processo de recuperação.

Algumas informações abaixo esclarecem o que é “verdade” e o que é “mito” sobre o droga da morte.

O crack gera dependência logo na primeira experiência?

Mito. Apesar de ser absorvido quase totalmente pelo organismo, apenas o uso recorrente do crack causa dependência. Diferentemente de outras drogas, entretanto, o crack provoca sensações intensas e desagradáveis quando seus efeitos passam, o que leva o usuário a repetir o consumo. Essa repetição, somada ao efeito potente da droga, pode levar à dependência de forma mais rápida.

O crack só atinge a população de baixa renda?

Mito. Inicialmente, o crack foi considerado uma droga "de rua", devido ao seu baixo custo e à sua capacidade de inibir a fome, levando moradores de rua e pessoas em situação de miséria a recorrer a ele como medida paliativa. No entanto, o contexto social do usuário também influencia — é mais comum tornar-se dependente quando o meio facilita o acesso. Hoje, o crack afeta todas as camadas sociais.

O usuário corre mais risco de contrair DSTs/AIDS?

Verdade. Isso ocorre porque os usuários da droga frequentemente adotam comportamentos de risco, como praticar sexo sem proteção. Além disso, muitos usuários crônicos recorrem à prostituição para obter a droga, o que aumenta os riscos de contaminação.

Se eu denunciar o traficante, meu filho será penalizado?

Mito. A identidade da pessoa que denuncia o traficante é preservada pelas autoridades policiais. Além disso, a lei brasileira não prevê restrição de liberdade para o uso de drogas, embora o porte continue sendo crime.

O médico é obrigado a notificar a polícia ao atender um usuário em situação de intoxicação aguda?

Mito. A legislação brasileira não obriga profissionais da saúde a notificarem as autoridades sobre atendimentos de usuários em estado de intoxicação. A polícia só é acionada em casos extremos, quando há risco para a integridade física do paciente ou de terceiros.

O crack é um problema apenas dos grandes centros urbanos?

Mito. Embora o crack tenha avançado rapidamente nos grandes centros urbanos, seu consumo também atinge cidades do interior e zonas rurais, onde o tráfico e o consumo da substância são preocupações crescentes.

O crack é pior que a maconha e a cocaína?

Verdade. O crack e a maconha têm efeitos distintos, mas o primeiro gera dependência e fissura de forma intensa, impactando severamente a vida do usuário. Em comparação com a cocaína inalada, o crack tem um efeito mais potente, pois sua absorção pelo organismo é mais rápida, atingindo diretamente a corrente sanguínea e o cérebro.

O crack sempre faz mal à saúde?

Verdade. Seu uso compromete diversas funções do organismo e da mente, afetando a atenção e a concentração, além de provocar insônia, alucinações e delírios.

É possível se livrar do crack?

Verdade. A dependência pode ser superada com tratamento adequado e apoio familiar, social e psicológico.

Usuários de crack são sempre violentos?

Mito. Alguns indivíduos já possuem tendência à agressividade e podem ficar mais violentos na abstinência da droga. Entretanto, a violência não é uma característica padrão de todos os usuários.

Usuárias de crack podem amamentar?

Verdade. No entanto, o uso da droga deve ser interrompido e a amamentação suspensa até que as substâncias tóxicas sejam eliminadas do organismo. Após esse período, com supervisão médica, a amamentação pode ser retomada.

O crack prejudica o feto?

Verdade. A droga afeta o desenvolvimento fetal ao comprometer a saúde da mãe e atingir a corrente sanguínea do bebê, reduzindo o fluxo de oxigênio, causando danos ao sistema nervoso e aumentando o risco de aborto espontâneo, hemorragias e malformações.

Bebês de mães usuárias nascem dependentes?

Mito. Não há comprovação científica de que bebês expostos ao crack desenvolvam abstinência. Os sintomas neonatais estão mais relacionados a alterações nos neurotransmissores do cérebro, podendo ser temporários.

Algumas pessoas têm predisposição genética para a dependência do crack?

Verdade. Existe predisposição genética para dependência química, não apenas ao crack, mas também a outras substâncias, como o álcool.

A maior verdade sobre o crack é clara e urgente: trata-se de uma droga com altíssimo poder viciante, de recuperação extremamente difícil, que causa uma devastação moral, familiar, social e profissional — e pode levar à morte.
Por isso, a melhor escolha é nunca experimentar.
E, para quem já está no uso, procurar ajuda especializada é o caminho mais seguro para uma nova chance de vida.

  

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22 maio 2025

Cocaína - perguntas e respostas

 O que é a cocaína?

A cocaína é uma substância que estimula fortemente o sistema nervoso central e é extraída de uma planta chamada Erytroxylon coca ou simplesmente coca.

A cocaína, o crack, a pasta da coca, a merla (ou mela), a farinha ou pó são todos a mesma coisa?

Todos esses nomes indicam diferentes preparações obtidas da planta coca; portanto, todos esses produtos da coca contêm cocaína.
A pasta de coca e a merla são produtos com muitas impurezas, e a cocaína que neles existe está sob uma forma que chamamos de base (cocaína básica), insolúvel na água, mas que pode ser fumada. O mesmo ocorre com o crack, que se apresenta em forma de pequenas pedras, também contendo a cocaína básica, sendo bastante fumado.Já a farinha ou pó é a cocaína sob a forma de um sal, cloridrato de cocaína, que é solúvel na água. O uso do pó é por aspiração ("cafungar" ou cheirar, fazendo o pó entrar pelas narinas) ou por injeção endovenosa (injetar "pelos canos").

Como é usada a cocaína?

A cocaína em pó (ou "farinha") é, em geral, utilizada por via intranasal, ou seja, por aspiração nasal, ou ainda por via intravenosa, quando dissolvida na água.

Não é muito comum, mas também pode ser usada oralmente.

É possível, também, fumar (via pulmonar) a cocaína, mas não na forma de pó e sim de pedra, o crack.

Ainda, a pasta de coca e a merla, preparadas de forma diferente do crack, mas também contendo cocaína sob forma de base, podem ser fumadas.

Por que usam a cocaína?

A cocaína é usada por seus efeitos prazerosos. Ela provoca grande euforia e um prazer de difícil descrição.
Além disso, seu uso é atrativo visto levar as pessoas a "perderem" medos e proporcionar sensações de poder.
Mas esses efeitos permanecem por um curto período. Após isso, a pessoa entra em contato com a realidade, o que pode gerar depressão e ânsia por nova dose da droga.

Quem são as pessoas que usam a cocaína?

Os indivíduos que usam ou abusam da cocaína podem ser encontrados em todos os grupos raciais, geográficos e profissionais.
No passado, o uso de cocaína costumava ser associado a certos profissionais como executivos, artistas e atletas.
Seu alto custo transformava a cocaína em droga de elite, restrita a pessoas que dispunham de renda considerável, visto que só existia a cocaína em pó, que podia ser inalada ou injetada.
Hoje, o baixo custo do crack permite que pessoas de classes sociais menos favorecidas tenham acesso à droga. Assim, o crack está presente entre meninos de rua, estudantes, jovens e adultos, não estabelecendo um grupo ou uma idade específica.

O que a cocaína faz no corpo após uma dose (efeitos físicos agudos)?

Os efeitos físicos do uso de cocaína envolvem aumento do número de batimentos do coração e da pressão arterial, aumento da temperatura corpórea e pupilas dilatadas.

Em casos agudos de intoxicação, a estimulação central profunda leva a convulsões e arritmias ventriculares (o coração bate descompassadamente) e com disfunção respiratória, que podem levar à morte.

O que a cocaína faz no corpo com o uso contínuo (efeitos físicos crônicos)?

Existem inúmeras complicações físicas associadas ao uso crônico da cocaína.
Os distúrbios mais frequentes são os cardiovasculares, incluindo distúrbios no ritmo cardíaco e ataques do coração.
A cocaína provoca ainda efeitos respiratórios como dor no peito e dificuldade respiratória, além de efeitos gastrointestinais como dores e náuseas.

É importante ressaltar que o aparecimento de problemas pelo uso crônico irá depender da via de administração.
Por exemplo, problemas nasais, como ruptura do septo nasal e perda do olfato, aparecem com aspiração crônica da cocaína.
Distúrbios cardiovasculares aparecem em todas as vias de administração.
No uso de crack, há complicações respiratórias ainda maiores, envolvendo bronquite, tosse persistente e disfunções severas.

A via endovenosa, além de aumentar o risco de overdose, propicia disseminação de infecções, tais como hepatite B e C e AIDS.

Além disso, o uso crônico de cocaína, sob qualquer forma de uso, leva a uma degeneração dos músculos esqueléticos, num processo irreversível chamado rabdomiólise.

O que a cocaína faz com a mente após uma dose (efeitos psíquicos agudos)?

A cocaína causa uma excitação geral do organismo. Ela melhora o estado de alerta, os movimentos, acelera os pensamentos, tira o sono e suprime o apetite.
Isto ocorre por sua ação no Sistema Nervoso Central, interferindo com as reações químicas do cérebro.

O usuário tem uma sensação de poder, força e euforia.
Mas a pessoa fica também irrequieta, trêmula e impaciente.
Devido à inquietação, comete muitos erros mentais, como por exemplo, fazer cálculos.
A duração destes efeitos depende da via de administração da droga. Quanto mais rápida a absorção, mais intensa é a sensação de prazer.
Por outro lado, quanto mais rápida a absorção, menor é a duração dos efeitos.
Além da sensação de prazer, a droga leva à temporária perda do apetite e do sono, tornando a pessoa mais comunicativa.

O que a cocaína faz com a mente com o uso contínuo (efeitos psíquicos crônicos)?

O uso crônico e compulsivo da cocaína leva a consequências psicológicas, representadas por distúrbios psiquiátricos.
Depressão, ansiedade, irritabilidade, distúrbios do humor e paranoia ("nóia"; sentir-se perseguido, vigiado, etc.) são as queixas de ordem psicológica mais comuns.
Entre outros problemas estão agressividade, delírios (principalmente os delírios persecutórios, onde a pessoa acredita que os outros estão tramando contra ela ou falando mal, etc.) e alucinações (ver ou ouvir objetos e sons inexistentes).

Quando a dependência se estabelece de forma significativa, há perda do interesse por tudo que não estabeleça relação com o uso da droga.
O usuário vive para usar a droga.

O uso da cocaína afeta o rendimento escolar?

Em geral, as pessoas que passam a fazer uso frequente da cocaína passam a ter dificuldade de concentração e perdem todo e qualquer interesse pelos estudos, pelos amigos e familiares.
Assim, todo o rendimento escolar é prejudicado.
No caso de envolvimento com crack, é ainda mais comum o abandono dos estudos.

O uso da cocaína leva ao consumo de outras drogas?

Não existem, atualmente, trabalhos científicos que estabeleçam uma relação entre o uso de diferentes drogas.
O que é possível constatar é que o uso de álcool e maconha, entre os usuários de crack, é muito comum, visto moderarem os efeitos desagradáveis da cocaína.

Você reconhece quando alguém usa cocaína?

Existem algumas evidências físicas que refletem o uso frequente da cocaína.
O usuário perde muito peso em pouco tempo e apresenta um aspecto frágil e doente.
Devido à insônia, apresenta também olheiras profundas.

Além disso, é possível identificar alguns sinais mais sutis como: boca seca, dilatação das pupilas, olhar perdido, alucinações, narinas irritadas (no caso de aspiração) ou queimaduras nos lábios, na língua e no rosto pela proximidade da chama do cachimbo (para crack).

No caso de uso intravenoso, as marcas de picadas pelo corpo são visíveis.
Mas é preciso entender que nem todas as pessoas que apresentam tais aspectos físicos são usuárias de cocaína!

A cocaína é usada como medicamento?

A cocaína é um potente anestésico local.
Ela chegou a ser utilizada como medicamento até o início do século XX, para vários males.
Já foi utilizada em cirurgias oculares (gotejando-se no olho como anestesia reversível da córnea), dentárias e auditivas.
Atualmente não tem uso médico.

Existe algum problema relacionado ao uso de cocaína na gravidez?

Sim.
Bebês nascidos de mães que abusaram de cocaína durante a gravidez geralmente nascem de partos prematuros, com baixo peso e estatura e circunferência craniana menor que o normal.
Há ainda altas taxas de malformação congênita e mortalidade perinatal.
Há também evidências de que crianças que receberam cocaína através das mães (quando ainda estavam no útero) podem ter queda do rendimento escolar quando maiores, envolvendo distração e dificuldade de concentração.

As pessoas ficam dependentes da cocaína?

Sim!
A cocaína é uma droga com alto poder de gerar dependência.
Uma vez tendo experimentado a cocaína, existem pessoas que não podem mais determinar ou controlar a extensão com que irão continuar usando a droga.

No caso da cocaína em pó, não existe um tempo definido para o estabelecimento da dependência; mas no caso do crack, a dependência tende a surgir logo nas primeiras "pipadas" (ato de fumar o cachimbo contendo o crack).
O crack é uma das drogas mais potentes e indutoras de dependência.

As pessoas podem parar de usar a cocaína?

Sim!
Algumas pessoas conseguem parar de usar a cocaína por conta própria, sem necessidade de intervenção de profissionais especializados, o que é raro.
O mais comum é deixar o uso após tratamento.
A quantidade de cocaína consumida, a regularidade e a via de administração são fatores importantes na escolha de um tratamento.

Há desenvolvimento de tolerância com a cocaína?

Sim!
O uso contínuo de cocaína gera uma tolerância à droga.
Os usuários vão aumentando a dose para sentir os mesmos efeitos.

A cocaína afeta a memória?

O uso de cocaína afeta a memória recente, prejudicando informações recebidas sob o efeito da droga.

A cocaína tem ação sobre a atividade sexual?

Por muito tempo a cocaína teve uma reputação de afrodisíaco, mas atualmente sabe-se que tal fama está relacionada à desinibição e "diversão" causada pela droga.
Na realidade, é possível observar que a droga, com o tempo, passa a diminuir a vontade relativa ao sexo.
A perda do impulso sexual e a incapacidade de se relacionar sexualmente são as principais queixas dos usuários frequentes de cocaína; com o crack, isso ocorre com praticamente todos que usam.

Fonte: Departamento de Psicologia da UNIFESP/SP


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20 maio 2025

Sobriedade e Espiritualidade

Sabemos que a dependência química e alcoólica é uma doença que afeta fisicamente, psiquicamente e emocionalmente o ser humano.

Porém, temos a certeza de que a falta ou baixa espiritualidade é o fator mais determinante para a não reabilitação do dependente.

Na grande maioria dos casos, os dependentes não possuem nenhuma espiritualidade, não frequentam nenhuma igreja ou, se frequentam, não compartilham dos mesmos ideais.

A maioria dos dependentes em uso não está em comunhão com a igreja, não participa de nenhum evento ou programação ligados à espiritualidade.

Mas o pior de tudo é que, além de perderem seu vínculo com Deus, também se entregam ao pecado, pois é muito comum que o dependente em uso esteja envolvido com: prostituição, adultério, fornicação, roubos, jogos, desavenças familiares, desavenças com terceiros, mentiras, etc.

O Reflexo do Dependente em Uso, nas Escrituras

Na Bíblia, em II Timóteo 3, 2-4, o apóstolo Paulo consegue retratar muito bem como a maioria dos dependentes se apresenta:

“Os homens se tornarão egoístas, avarentos, fanfarrões, soberbos, rebeldes aos pais, ingratos, malvados, desalmados, desleais, caluniadores, devassos, cruéis, inimigos dos bons, traidores, insolentes, cegos de orgulho, amigos dos prazeres e não de Deus.”

E em Gálatas 5, 19-21, está escrito:

“Ora, as obras da carne são estas: fornicação, impureza, libertinagem, idolatria, superstição, inimizades, brigas, ciúmes, ódio, ambição, discórdias, partidos, invejas, bebedeiras, orgias e outras coisas semelhantes.”

Sendo o dependente em uso um rigoroso seguidor das obras da carne descritas acima, fica claro que espiritualmente ele está morto, vivendo somente para o pecado e, infelizmente, contribuindo para que o mal viva nele e se espalhe para aqueles ao seu redor.

A Necessidade de Conversão

Daí vem a necessidade de conversão, de aproximação a Deus, a Jesus Cristo e à Virgem Maria, pois somente Eles, que são amor, compaixão e misericórdia, podem reverter essa situação, fazendo com que onde abundou o pecado, superabunde a graça (Romanos 5, 20).

Porém, é necessário o empenho e a busca pela conversão através da , conforme o apóstolo Paulo nos ensina em Colossenses 3, 1-4:

“Se, portanto, ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo está sentado à direita de Deus. Afeiçoai-vos às coisas lá de cima, e não às da terra. Porque estais mortos e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus. Quando Cristo, vossa vida, aparecer, então também vós aparecereis com Ele na glória.”

E ainda em Efésios 4, 17-24:

“Portanto, eis o que digo e conjuro no Senhor: não persistais em viver como os pagãos, que andam à mercê de suas ideias frívolas.

Tem o entendimento obscurecido, sua ignorância e o endurecimento de seu coração mantêm-nos afastados da vida de Deus. Indolentes, entregaram-se à dissolução, à prática apaixonada de toda espécie de impureza.

Vós, porém, não foi para isto que vos tornastes discípulos de Cristo, se é que o ouvistes e dele aprendestes, como convém à verdade em Jesus.

Renunciai à vida passada, despojai-vos do homem velho, corrompido pelas concupiscências enganadoras.

Renovai sem cessar o sentimento da vossa alma e revesti-vos do homem novo, criado à imagem de Deus, em verdadeira justiça e santidade.”

A Importância da Espiritualidade na Recuperação

As passagens bíblicas que mostram a importância de viver junto a Deus e à Igreja são inúmeras, assim como o insistente pedido de Jesus para que vivamos em santidade, praticando o perdão e o amor ao próximo.

Infelizmente, o álcool, as drogas, os defeitos de caráter e o pecado ocuparam o coração dos dependentes em uso. No entanto, através de Jesus Cristo, tudo pode ser renovado, e qualquer dependente pode realmente se libertar da “lepra do século” — o álcool e as drogas.

“Todo aquele que está em Cristo é uma nova criatura. Passou o que era velho; eis que tudo se fez novo.” (II Coríntios 5, 17)

E ainda:

“Então o que está assentado no trono disse: ‘Eis que eu renovo todas as coisas.’” (Apocalipse 21, 5)

 

Auxílio e informações

faleconosco@alcooledrogas.com.br

 

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