O Alcoolismo clinicamente falando

Definição e Impacto

O alcoolismo é o conjunto de problemas relacionados ao consumo excessivo e prolongado do álcool. É entendido como o vício na ingestão excessiva e regular de bebidas alcoólicas e todas as consequências decorrentes.

Dentro do alcoolismo, existem diversos diagnósticos clínicos, tais como:

· Dependência

· Abstinência

· Abuso (uso excessivo, porém não continuado)

· Intoxicação por álcool (embriaguez)

· Síndromes amnéstica, demencial, alucinatória, delirante e de humor

· Distúrbios de ansiedade, sexuais, do sono e distúrbios inespecíficos

· Delirium tremens (potencialmente fatal)

Assim, o alcoolismo é um termo genérico que indica a presença de problemas relacionados ao consumo de álcool. Para um diagnóstico mais preciso, é necessário identificar quais distúrbios específicos estão presentes, pois, geralmente, há mais de um envolvido.


O Fenômeno da Dependência

O comportamento de repetição no consumo de álcool ocorre devido a dois mecanismos básicos:

1. Reforço positivo

A busca pelo prazer. Quando algo é agradável, a pessoa tende a repetir o estímulo para obter a mesma satisfação.

2. Reforço negativo

A evitação do desprazer. Quando algo é desagradável, a pessoa procura evitar a dor, recorrendo ao mesmo comportamento.

No início, a busca pelo álcool ocorre para sentir prazer. Com o tempo, quando esse prazer não é mais obtido, a pessoa se mantém no uso para evitar os sintomas desagradáveis da abstinência.

Os reforços positivo e negativo são mecanismos normais de adaptação ao ambiente, mas, no caso do alcoolismo, eles se tornam padrões destrutivos.


Tolerância e Dependência

A tolerância e a dependência ao álcool são eventos distintos, mas indissociáveis.

Tolerância ao Álcool

É a necessidade de doses cada vez maiores para alcançar o mesmo efeito inicial.

Se no começo uma dose de uísque era suficiente para uma leve sensação de tranquilidade, com o tempo serão necessárias duas, três ou mais doses para obter o mesmo efeito.

Com o aumento do consumo, o indivíduo não percebe a embriaguez da mesma forma, mas mantém certo grau de intoxicação, caracterizando a tolerância parcial.

Dependência ao Álcool

A dependência surge quando o indivíduo não consegue interromper ou reduzir o consumo por conta própria.

A dependência se intensifica à medida que a tolerância aumenta. O alcoólatra pode afirmar:

"Quando eu quiser, eu paro."

No entanto, essa afirmação geralmente encobre um alcoolismo incipiente e resistente. O paciente nega o problema, mantendo sua autoimagem intacta e resistindo ao diagnóstico.

Reconhecer a dependência alcoólica exige do indivíduo uma forte quebra de sua autoimagem e autoestima, tornando o tratamento ainda mais difícil.


Aspectos Gerais do Alcoolismo

A identificação precoce do alcoolismo é complicada pela negação do paciente.

Nos estágios iniciais, os limites entre o uso social e a dependência nem sempre são claros. Quando o diagnóstico finalmente se torna evidente, diversos prejuízos já foram sofridos, tornando o processo de reversão mais difícil.

O alcoolismo carrega um forte estigma social, fazendo com que muitos usuários evitem o reconhecimento do problema. Essa negação impede a intervenção terapêutica precoce.

O tratamento exige que o paciente mantenha sua autoestima elevada, sem negar sua condição. No entanto, encontrar esse equilíbrio é um desafio.


Sinais de Alcoolismo

O profissional deve estar atento a mudanças no comportamento, tais como:

· Falta de diálogo com o cônjuge

· Explosões temperamentais e raiva

· Atitudes hostis

· Perda do interesse na relação conjugal

· Busca do álcool para desinibição sexual ou para evitar a vida sexual

No ambiente de trabalho, sinais incluem:

· Comportamento irritável

· Atrasos e faltas frequentes

· Acidentes de carro

No aspecto físico, os sintomas podem incluir:

· Vômitos matinais

· Dores abdominais e diarreia

· Gastrites

· Aumento do tamanho do fígado

· Ferimentos e contusões frequentes

· Esquecimentos intensos

· Susceptibilidade a infecções

· Crises convulsivas (em alguns casos)


Fatores Genéticos e Psiquiátricos

O alcoolismo pode ter predisposição genética, sendo mais comum em famílias com histórico da doença.

Além disso, o alcoolismo frequentemente coexiste com outros transtornos psiquiátricos, como:

· Transtornos de ansiedade

· Depressão

· Insônia crônica

Nestes casos, tratar a causa original do problema pode contribuir para resolver o alcoolismo.

Já os transtornos de personalidade podem dificultar o tratamento e comprometer o sucesso da recuperação.


Problemas Clínicos

O consumo pesado e prolongado de álcool pode causar diversos problemas clínicos.

Embora este tema seja extenso, é importante ressaltar que o alcoolismo afeta seriamente o organismo, trazendo danos irreversíveis à saúde física e mental.

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Efeitos do Alcoolismo no Organismo

Sistema Nervoso

Amnésias nos períodos de embriaguez acontecem em 30 a 40% das pessoas no final da adolescência e início da terceira década de vida. Provavelmente, o álcool inibe sistemas de memória, impedindo que a pessoa se recorde de fatos ocorridos durante o período de embriaguez.

O álcool também induz sonolência, mas o sono sob seu efeito não é natural, apresentando alterações no eletroencefalograma.

Entre 5% e 15% dos alcoólatras desenvolvem neuropatia periférica, caracterizada por um estado permanente de hipersensibilidade, dormência e formigamento nas mãos e pés.

Nas síndromes alcoólicas podem ocorrer diversas patologias psiquiátricas, como:

· Euforia patológica

· Depressões

· Ansiedade na abstinência

· Delírios e alucinações

· Perda de memória

· Comportamento desajustado


Sistema Gastrintestinal

O consumo excessivo de álcool pode causar:

· Inflamação no esôfago e estômago, levando a sangramentos, enjoos e vômitos.

· Perda de peso devido a dificuldades na absorção dos nutrientes.

· Varizes decorrentes da cirrose hepática, que são irreversíveis e potencialmente fatais devido ao sangramento intenso.

· Pancreatites agudas e crônicas, que podem exigir intervenção médica urgente.

· Cirrose hepática, um problema grave e irreversível, que leva o alcoólatra lentamente à morte.


Câncer

Os alcoólatras estão 10 vezes mais sujeitos a desenvolver qualquer forma de câncer em comparação com a população em geral.


Sistema Cardiovascular

O consumo prolongado de álcool pode causar:

· Lesões cardíacas, provocando arritmias e trombos.

· Derrames cerebrais, que podem ocorrer após a ingestão de grandes quantidades de bebida alcoólica.


Hormônios Sexuais

O metabolismo do álcool afeta o balanço dos hormônios reprodutivos em homens e mulheres.

Nos homens, o álcool pode:

· Danificar os testículos, prejudicando a produção de testosterona e espermatozoides.

· Causar feminilização, levando ao desenvolvimento de ginecomastia (presença de mamas no homem).

Apenas cinco dias de uso contínuo de 220 gramas de álcool já podem provocar efeitos perceptíveis.


Outros Hormônios

O consumo excessivo de álcool afeta diversos sistemas hormonais:

· Hormônios tireoidianos: Não há evidências de que o álcool afete diretamente seus níveis, mas pode causar alterações secundárias.

· Hormônio do crescimento: O abuso de álcool provoca mudanças hormonais, embora sem impacto comprovado no crescimento ou estatura.

· Hormônio antidiurético: O álcool inibe esse hormônio, fazendo a pessoa urinar mais e podendo causar desidratação.

· Ocitocina: O álcool pode tanto inibir um parto prematuro quanto dificultar um parto a termo.

· Insulina: O álcool não afeta diretamente os níveis de insulina, mas pode causar oscilações devido a pancreatites.

· Gastrina: A relação entre álcool e gastrina é controversa. Alguns estudos indicam que o álcool pode estimular sua liberação, aumentando a acidez estomacal e favorecendo úlceras.


Recaída no Alcoolismo

A taxa de recaída é muito alta.

Aproximadamente 90% dos alcoólatras voltam a beber nos quatro anos seguintes à interrupção, quando não há tratamento.

O mecanismo psicológico envolvido na recaída é semelhante ao de outras dependências, como nicotina e tranquilizantes.

O principal fator da recaída é o chamado "craving", um desejo intenso e incontrolável de consumir álcool novamente. O craving é a dependência psicológica propriamente dita.


As Mulheres São Mais Vulneráveis ao Álcool?

Sim, as mulheres são mais vulneráveis ao álcool do que os homens.

· Elas atingem concentrações sanguíneas mais altas com as mesmas doses em comparação com os homens.

· Seus órgãos são mais prejudicados pelo álcool.

· A maior incidência de alcoolismo feminino ocorre entre 26 e 34 anos, especialmente entre mulheres separadas.

· As mulheres alcoólatras têm maior risco de desenvolver cirrose hepática.

· Estudos indicam que o consumo moderado e diário de álcool pode aumentar o risco de câncer de mama.

Um único drink por dia não altera significativamente a incidência desse câncer.


Filhos de Alcoólatras

Milhões de crianças e adolescentes convivem com parentes alcoólatras no Brasil.

Embora nem todos desenvolvam problemas, 41% dessas crianças apresentam dificuldades emocionais e psiquiátricas, como:

· Baixa autoestima e autoimagem

· Prejuízo no rendimento escolar

· Dificuldade em testes de QI

· Subestimação das próprias capacidades

· Mentiras e comportamentos desonestos

· Conflitos e brigas frequentes

· Vadiagem e problemas acadêmicos


O Alcoolismo é Genético?

A influência familiar do alcoolismo é um fato já conhecido.

A questão principal é se o alcoolismo ocorre por convivência ou por predisposição genética.

Estudos científicos mostram que:

· Quando um gêmeo idêntico se torna alcoólatra, seu irmão tem maior probabilidade de também se tornar alcoólatra.

· Isso indica influência genética, mas não explica por que algumas pessoas, mesmo tendo predisposição genética, não desenvolvem o vício.

· A genética tem um papel importante, mas não é o único fator no desenvolvimento do alcoolismo.


Problemas Psiquiátricos Causados pelo Alcoolismo

O alcoolismo pode coexistir com outros transtornos psiquiátricos, tornando o tratamento mais difícil.

Abuso de Álcool vs. Dependência

Nem todo usuário que abusa do álcool é dependente.

O critério de abuso caracteriza pessoas que consomem álcool exageradamente em curtos períodos de tempo, mas sem uso contínuo.

O diagnóstico de abuso requer que o paciente apresente problemas com álcool por pelo menos 12 meses, além de:

· Prejuízos significativos no trabalho, escola ou família.

· Exposição a situações de risco, como dirigir embriagado.

· Problemas legais, como desacato ou agressões.

· Persistência no uso de álcool apesar do apelo de pessoas próximas para que pare.

Quando a dependência se instala, o paciente perde o controle sobre o consumo e não consegue interrompê-lo sem intervenção externa.

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Dependência ao Álcool

Critérios para Diagnóstico

Para o diagnóstico de dependência alcoólica, é necessário que o usuário apresente problemas decorrentes do uso de álcool durante 12 meses seguidos e preencha pelo menos três dos seguintes critérios:

1. Tolerância ao álcool

Aumento significativo da quantidade ingerida para obter o mesmo efeito inicial.

Diminuição dos sintomas de embriaguez, apesar da contínua ingestão.

2. Sinais de abstinência

Sudorese excessiva, aceleração do pulso (acima de 100 bpm), tremores nas mãos.

Insônia, náuseas e vômitos.

Agitação psicomotora, ansiedade, convulsões e alucinações táteis.

A reversão desses sintomas com a reintrodução do álcool confirma a abstinência.

O tratamento geralmente é realizado com diazepam ou clordiazepóxido.

3. Consumo acima do planejado

O dependente geralmente bebe mais do que planejava.

4. Desejo persistente de voltar a beber

Incapacidade de interromper o uso de álcool.

5. Uso excessivo de tempo para obtenção de bebida

O dependente gasta muito tempo buscando bebida ou se recuperando dos efeitos do consumo.

6. Persistência no consumo, apesar dos prejuízos

Mesmo com a perda do emprego e relações familiares, o dependente continua bebendo.


Abstinência Alcoólica

A síndrome de abstinência ocorre quando o indivíduo interrompe o consumo de álcool após um uso prolongado e intenso.

Os sintomas mais leves incluem:

· Tremores

· Sudorese excessiva

· Aceleração do pulso

· Insônia

· Náuseas e vômitos

· Ansiedade

A abstinência leve geralmente ocorre entre 6 e 48 horas após a última dose.

Nos casos graves, pode surgir o delirium tremens, caracterizado por confusão mental, alucinações e convulsões.

Os sintomas geralmente começam entre 48 e 96 horas após a interrupção do álcool.

A Intensidade da Abstinência

Pesquisadores afirmam que os episódios de abstinência tornam-se mais graves ao longo do tempo.

Um dependente que está passando pela quinta ou sexta abstinência tende a sentir os sintomas de forma mais intensa.


Delirium Tremens

O Delirium Tremens é uma complicação severa da abstinência alcoólica.

Características do Delirium Tremens

· Confusão mental: o indivíduo não sabe onde está nem consegue se concentrar.

· Fala desorganizada ou ininteligível.

· Agitação intensa, especialmente à noite.

· Alucinações visuais e táteis, levando o paciente a acreditar que insetos ou animais estão sobre seu corpo.

· Estado de agitação violenta para tentar livrar-se das alucinações.

· Alucinações induzidas: ao ser perguntado se vê algo inexistente, o paciente pode começar a enxergar o objeto sugerido.

O Delirium Tremens é potencialmente fatal, principalmente em dias quentes e em pacientes debilitados.


Intoxicação pelo Álcool

A intoxicação alcoólica é o estado de embriaguez causado pelo consumo excessivo de álcool.

Os principais sintomas incluem:

· Alteração na fala (fala arrastada).

· Descoordenação motora e instabilidade ao andar.

· Nistagmo (movimentos oculares rápidos e irregulares).

· Déficit de memória e atenção.

· Estupor ou coma nos casos mais graves.

A intoxicação pode levar a comportamentos inadequados, afetando relações sociais e profissionais.


Síndromes Amnésticas

Síndrome Wernicke-Korsakoff (SWK)

Presente em 10% dos alcoólatras pesados, a SWK causa danos neurológicos graves.

Sintomas

· Descoordenação motora

· Movimentos oculares irregulares (nistagmo)

· Paralisia dos músculos oculares

· Déficit de memória recente, levando o paciente a criar histórias falsas para preencher lacunas de memória (fabulação)

A reposição imediata de vitamina B1 (tiamina) é crucial para evitar agravamento do quadro.

Quando não tratada, a SWK pode causar danos permanentes, tornando o paciente incapaz de manter sua vida social e pessoal.


Síndrome Demencial Alcoólica

O consumo excessivo e prolongado de álcool pode causar lesões difusas no cérebro, semelhantes à demência de Alzheimer.

Sintomas

· Déficits de memória

· Dificuldade de julgamento

· Alterações na personalidade

· Comportamento desajustado

· Incapacidade de sustentar-se


Síndrome de Abstinência Fetal

Descrita pela primeira vez em 1973, a Síndrome de Abstinência Fetal (SAF) ocorre em bebês de mães alcoólatras.

Principais Características

· Baixo peso ao nascer

· Atraso no crescimento e desenvolvimento

· Anormalidades neurológicas

· Déficits intelectuais

· Más formações no esqueleto e sistema nervoso

· Comportamento perturbado

· Modificações na pálpebra (olhos mais abertos que o comum)

· Lábio superior fino e alongado

Os sintomas mais graves incluem:

· Retardo mental

· Hiperatividade

· Déficit de aprendizado e memória

· Dificuldades para falar e ouvir

· Descoordenação motora e impulsividade

Esses prejuízos podem persistir até a idade adulta.


O Estresse Pode Provocar Alcoolismo?

O estresse não determina diretamente o alcoolismo, mas estudos mostram que pessoas submetidas a situações de alta tensão emocional, para as quais não encontram alternativas, tornam-se mais frequentemente alcoólatras.

O álcool possui efeito relaxante e tranquilizante, semelhante ao dos ansiolíticos, porém, com muito mais efeitos colaterais. Em algumas situações, o uso de ansiolíticos poderia prevenir o alcoolismo.

Na realidade, o que ocorre é a busca por alívio das preocupações através da embriaguez, algo que os ansiolíticos não proporcionam sem induzir ao sono.

Quando submetido a estresse, o indivíduo tende a procurar prazer imediato, não apenas tranquilidade. Dessa forma, a vida promíscua muitas vezes está associada ao abuso de álcool e drogas.

O fato de uma pessoa não encontrar uma solução para seu estresse não significa que a solução não exista.

A logoterapia, por exemplo, ajuda o paciente a encontrar um significado na sua angústia.

Embora não elimine a fonte da dor, essa abordagem torna o sofrimento mais suportável e pode auxiliar no combate ao alcoolismo em estágios iniciais, antes que surja a dependência química.

Um exemplo de situação real de estresse que enfrentamos atualmente é o desemprego, que causa elevação da tensão emocional prolongada.


Alcoolismo e Desnutrição

As principais funções da alimentação equilibrada são:

1. Manutenção da estrutura corporal

2. Suprimento das necessidades energéticas diárias

O álcool é altamente energético e, no passado, chegou a ser usado na recuperação de pacientes após cirurgias.

Entretanto, o álcool não pode ser armazenado pelo organismo.

Se não fossem seus efeitos prejudiciais, o álcool poderia ser um meio eficaz de perder peso.

Como o álcool supre momentaneamente as necessidades energéticas, o indivíduo não sente fome e, consequentemente, não consome os nutrientes essenciais para a reconstrução dos tecidos.

Esse processo leva à desnutrição e à degeneração corporal.


Testes Neuropsicológicos

Pacientes alcoólatras confirmados, ao se submeterem a testes de inteligência, apresentam resultados normais em 45 a 70% dos casos.

No entanto, ao realizar testes mais específicos, como:

· Resolução de problemas

· Pensamento abstrato

· Desempenho psicomotor

· Memória

· Capacidade de lidar com novidades

A maioria apresenta dificuldades.

Esses déficits cognitivos não são perceptíveis em testes superficiais, mas tornam-se evidentes em testes neuropsicológicos mais precisos.

Além disso, exames de tomografia e ressonância magnética mostram que o cérebro dos alcoólatras apresenta modificações estruturais, comprometendo a vascularização e os padrões elétricos cerebrais.

A relação entre esses danos e os prejuízos psicológicos ainda está sendo estudada.


Efeitos do Álcool sobre o Cérebro

Exames pós-morte mostram que pacientes com histórico de consumo prolongado e excessivo de álcool apresentam:

· Cérebro menor

· Estrutura mais leve e encolhida

Esses achados foram confirmados por exames de tomografia, ressonância magnética e tomografia por emissão de fótons.

O dano físico do álcool sobre o cérebro é inquestionável.

As Áreas mais afetadas são

1. Córtex pré-frontal

Responsável pelo raciocínio, lógica e abstração de conceitos.

Quanto mais álcool consumido, maior o dano.

2. Regiões profundas do cérebro

Associadas à memória.

3. Cerebelo

Responsável pela coordenação motora.


O Processo Metabólico do Álcool

Como o Álcool é Processado no Organismo

1. Absorção

O álcool passa pelo estômago e é absorvido no intestino, entrando na corrente sanguínea.

2. Metabolização

No fígado, o álcool é convertido em acetaldeído.

O acetaldeído é transformado em acetato.

Essas substâncias são eliminadas pelos rins e pulmões.

O que ocorre na intoxicação alcoólica?

O fígado processa o álcool em ritmo fixo e pode ser ultrapassado pela quantidade consumida, resultando na embriaguez.

A presença de alimentos no intestino pode lentificar a absorção do álcool, especialmente gorduras, reduzindo o impacto da intoxicação.

Apesar do álcool ser altamente calórico (1g = 7,1 calorias), ele não pode ser armazenado pelo organismo.


Consequências Corporais do Alcoolismo

À medida que o alcoolismo avança, os efeitos negativos no organismo se intensificam.

Órgãos mais atingidos

· Cérebro

· Trato digestivo

· Coração

· Músculos

· Sangue

· Glândulas hormonais

Efeitos sobre o Sistema Digestivo

· Dissolução do muco protetor, causando irritação e sangramentos.

· 75% dos casos de pancreatite aguda são decorrentes do alcoolismo.

· Degeneração gordurosa do fígado, que pode evoluir para cirrose irreversível.

Efeitos sobre o Sistema Cardiovascular

· O abuso de álcool pode levar até 10 anos para causar patologias cardíacas.

· Ao contrário da cirrose, essas condições podem ser revertidas com a interrupção do vício.

Impacto na Imunidade

· Os alcoólatras tornam-se mais suscetíveis a infecções, pois suas células de defesa são reduzidas.

Alterações na Função Sexual

Homens

· Infertilidade por atrofia das células produtoras de testosterona.

· Diminuição dos hormônios masculinos.

· Desenvolvimento de características femininas (ginecomastia, aumento da mama).

· Impotência devido a danos nos nervos ligados à ereção.

Mulheres

· Redução na produção hormonal, afetando a menstruação.

· Infertilidade e prejuízos nas características sexuais femininas.


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Auxílio e informações: 

faleconosco@alcooledrogas.com.br

 

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