30 maio 2025

Cigarro Eletrônico "VAPE", causando dependência aos nossos Jovens

Os cigarros eletrônicos causam dependência química, principalmente devido à presença de nicotina na maioria dos e-líquidos. A nicotina é uma substância altamente viciante que atua no sistema nervoso central, liberando dopamina e criando uma sensação de prazer que leva à busca repetida pela substância.

Ciclo de Reforço: O uso regular leva à tolerância (necessidade de doses maiores para obter o mesmoefeito) e à síndrome de abstinência (sintomas desagradáveis como irritabilidade, ansiedade, dificuldade de concentração) quando o uso é interrompido, perpetuando o ciclo da dependência.

Aromatizantes e Marketing: Os sabores atraentes dos e-líquidos e o marketing direcionado, muitas vezes com foco no público jovem, podem facilitar o início do uso e a instalação da dependência.

Os cigarros eletrônicos definitivamente causam dependência psicológica, e essa é uma parte importante da discussão sobre seus riscos. Embora a dependência física esteja primariamente ligada à nicotina, a dependência psicológica envolve fatores comportamentais, emocionais e sociais.

Como os cigarros eletrônicos contribuem para a dependência psicológica:

Associação a rituais e hábitos: O ato de pegar o dispositivo, levá-lo à boca, inalar e exalar se torna um hábito, muitas vezes associado a momentos específicos do dia, como após as refeições, durante pausas no trabalho ou em situações sociais. Essa repetição cria uma forte ligação mental com o ato de "vapar".

Alívio de sintomas: Muitas pessoas relatam usar cigarros eletrônicos para aliviar o estresse, a ansiedade ou o tédio. Essa associação do ato de "vapar" com o alívio de emoções negativas cria uma dependência psicológica, onde o indivíduo sente necessidade de usar o dispositivo para lidar com essas sensações.

Fatores sociais e de identidade: Para alguns jovens, o uso de cigarros eletrônicos pode estar ligado à aceitação social, à sensação de pertencimento a um grupo ou à construção de uma determinada imagem ou identidade. Essa pressão social e a identificação com o ato de "vapar" contribuem para a dependência psicológica.

Gatilhos sensoriais: Os sabores dos e-líquidos, o "vapor" produzido e a sensação na garganta podem se tornar gatilhos psicológicos, levando ao desejo de usar o cigarro eletrônico mesmo quando não há uma necessidade física imediata de nicotina.

Condicionamento: Ao longo do tempo, o cérebro associa certos lugares, pessoas ou situações ao ato de "vapar". Esses estímulos podem desencadear um forte desejo psicológico de usar o cigarro eletrônico.

Mesmo que alguém utilize um e-líquido com baixa concentração de nicotina ou sem nicotina, a dependência psicológica ainda pode ser um obstáculo significativo para parar de usar o cigarro eletrônico. Os hábitos, as associações emocionais e sociais podem ser difíceis de quebrar.

 

Existem Cigarros eletrônicos onde a Nicotina é substituída por THC (Principal componente PSICOATIVO da Maconha).

Esses dispositivos funcionam de maneira semelhante aos vapes de nicotina: um líquido contendo THC (muitas vezes chamado de "óleo de THC" ou "destilado de THC") é aquecido por uma bateria, produzindo um aerossol que é inalado pelo usuário.

 

Pontos importantes sobre o uso de THC em cigarros eletrônicos:

Legalidade: No Brasil o uso de Cigarros Eletrônicos com THC é ilegal igualmente á Maconha, bem como a comercialização e o uso por recreação.

Formas: O THC para vaping pode vir em diversas formas, incluindo óleos, destilados, ceras e outros concentrados.

Riscos à Saúde: Assim como os vapes de nicotina, os vapes de THC também apresentam riscos à saúde. Além dos potenciais danos pulmonares associados ao vaping em geral (como a EVALI, que em muitos casos foi ligada a aditivos em produtos de THC ilegais), o uso de THC pode ter efeitos psicoativos, prejudicar o desenvolvimento cerebral em jovens, afetar a saúde mental e levar à dependência.

Aparência: Os dispositivos para vaping de THC podem ser muito semelhantes aos vapes de nicotina, o que pode dificultar a identificação do que está sendo consumido.

É importante estar ciente de que o uso de THC em cigarros eletrônicos é uma questão complexa com implicações legais e de saúde significativas.

Onde Buscar Ajuda:

Clínicas de Tratamento de Dependência Química em Geral: Embora possa não haver clínicas especificamente focadas em "dependência de vape", as clínicas que tratam dependência química (incluindo a dependência de nicotina) são o local mais provável para encontrar ajuda. A dependência de nicotina, seja ela proveniente de cigarros tradicionais ou eletrônicos, é uma condição reconhecida e tratada nessas clínicas.

Centros de Atenção Psicossocial (CAPS): Os CAPS, especialmente os CAPS AD (Álcool e Drogas), oferecem tratamento multidisciplinar para pessoas com transtornos relacionados ao uso de substâncias, incluindo a dependência de nicotina. Eles podem oferecer acompanhamento psicológico, psiquiátrico e social.

Serviços de Saúde Pública: Unidades básicas de saúde e outros serviços da rede pública podem oferecer avaliação inicial e encaminhamento para serviços especializados em dependência química.

Grupos de Apoio: Grupos como os Narcóticos Anônimos (NA) ou outros grupos de apoio para dependência podem ser úteis, mesmo que o foco principal não seja o vape, pois abordam os aspectos comportamentais e emocionais da dependência.

Profissionais de Saúde Individuais: Psicólogos e psiquiatras com experiência em dependência podem oferecer tratamento individualizado para a dependência de nicotina e os fatores psicológicos associados ao uso de vape.

Considerações Importantes:

Foco na Nicotina: A dependência primária no caso do vape geralmente é da nicotina. Portanto, o tratamento será semelhante ao da dependência de cigarro tradicional, com abordagens como terapia cognitivo-comportamental, aconselhamento motivacional e, em alguns casos, terapia de reposição de nicotina (embora a TRN para quem usa vape precise ser adaptada).

Aspectos Comportamentais e Psicológicos: O tratamento também precisará abordar os aspectos comportamentais e psicológicos específicos do uso de vape, como os rituais, os gatilhos e as associações sociais.

Substâncias Adicionais: É importante lembrar que alguns usuários de vape consomem e-líquidos contendo outras substâncias além da nicotina (como THC ou outras drogas sintéticas), o que exigiria uma abordagem de tratamento mais abrangente.

Conscientização Crescente: À medida que o uso de vape se torna mais prevalente e seus riscos são mais reconhecidos, é possível que no futuro surjam clínicas ou programas mais especificamente voltados para a dependência desses dispositivos. No entanto, no momento, o tratamento é geralmente integrado aos serviços existentes para dependência química e de nicotina.

Recomendação:

Se você ou alguém que você conhece precisa de ajuda para lidar com a dependência de vape, o primeiro passo é procurar um profissional de saúde (médico, psicólogo) ou um serviço especializado em dependência química. Eles poderão fazer uma avaliação completa e indicar o tratamento mais adequado.

 

Acesse também as matérias:

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 Auxílio e informações

faleconosco@alcooledrogas.com.br

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